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Tag Archive : SC-114

Santa Catarina investe no whitetopping para restauração de rodovias

Por Massa Cinzenta (leia o texto no site)

No final de 2018, a restauração da rodovia SC 114 foi concluída. O trecho utilizou a técnica de whitetopping, que consiste na aplicação de concreto como revestimento sobreposto ao asfalto. Desde então, segundo Alexsander Maschio, gerente regional Sul da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), a estrada permanece da mesma forma que foi entregue, sem necessidade de intervenção, mesmo com o pesado tráfego de caminhões que levam madeira na região.

O sucesso deste projeto fez com que o Governo de Santa Catarina investisse no pavimento rígido para restauração de outras cinco rodovias no estado:

 

• Rodovia SC 477:  Trecho entre as cidades de Canoinhas e Monte Castelo. Extensão: 34,50 km

• Rodovia SC 160:  Trecho entre as cidades de Bom Jesus do Oeste e Modelo. Extensão: 23,10 km

• Rodovia SC 305: Trecho entre as cidades de São Lourenço do Oeste e Campo Erê. Extensão: 28,00 km

• Rodovia SC 355: Trecho entre as cidades de Catanduvas e Jaborá. Extensão: 15,5 km

• Rodovia SC 290: Trecho na cidade de Praia Grande/SC. Extensão: 9,15 km

De acordo com Dejalma Frasson Junior, engenheiro da Regional Sul da ABCP, em conjunto, as rodovias somam mais de 100 km de obras prestes a começar. “Elas já foram licitadas, mas ainda não iniciaram. Algumas estão em fase de montagem do canteiro de obras, mas ainda não começaram. A previsão é que elas iniciem no primeiro semestre de 2023”, afirma Junior.

 

Custo-benefício

Maschio aponta que a escolha pelo Whitetopping se deu pelo fato de ter um resultado mais duradouro com preço competitivo. “O custo do whitetopping é inferior ao das restaurações ou construções com pavimento asfáltico. Além disso, amplia a durabilidade do processo de restauração, que passa a ser de 20 anos, ou seja, isso representa uma economia de recurso público”, defende Maschio.

 

Whitetopping em pista simples

Um dos grandes desafios desta obra é o fato de que os trechos possuem pista simples. No entanto, Maschio pontua que o projeto da SC 114 mostrou que é possível fazer restauração com pavimento de concreto. “Na SC 114, trabalhamos muito para convencer a fazer o whitetopping em pista simples. A partir do resultado com esta obra, o governo do estado viu que era possível realizá-lo. A PR 280 está dentro deste mesmo contexto. A grande dificuldade é a necessidade de fechar a rodovia por trechos. Entretanto, a partir do projeto da SC 114, esta dúvida foi sanada e viram que é possível utilizar esta técnica. Por meio de um planejamento de obra, ou plano de ataque, foi possível resolver a questão logística”, explica Maschio. Segundo Junior, foi preciso ter um sistema que desse continuidade ao tráfego da rodovia sem comprometer a execução da obra, uma vez que há a necessidade de um período de cura do concreto.

 

Pavimento rígido em rodovias de médio tráfego

Por muito tempo, acreditou-se que o pavimento de concreto só era viável, em termos de custos, para rodovias com tráfego pesado. No entanto, estes projetos das estradas em Santa Catarina já provam o contrário. “Na SC 114, realmente o tráfego era bastante pesado. Entretanto, nestas rodovias, ele varia bastante – na SC 290, o movimento é mais leve. No entanto, as demais apresentam tráfego médio”, aponta Junior.

 

Fontes

Alexsander Maschio é gerente regional Sul da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP).

Dejalma Frasson Junior é engenheiro da Regional Sul da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP).

Contato
alexsander.maschio@abcp.org.br

Jornalista responsável
Marina Pastore
DRT 48378/SP

Pavimento de concreto em Santa Catarina

A Diretoria de Projetos da SIE (Secretaria de Estado da Infraestrutura e Mobilidade de Santa Catarina), responsável pelos projetos de pavimentação rodoviária do Estado, determinou que a partir de 01/12/2020 toda empresa projetista que vencer uma licitação do órgão deverá apresentar, para a obra em questão, um estudo comparativo entre pavimento flexível (asfalto) e pavimento de concreto. “Com a medida, o governo catarinense espera ter mais subsídios técnicos e econômicos para tomar a decisão na escolha da tecnologia de pavimentação de cada projeto”, relata o representante da Regional Sul da ABCP, engenheiro Dejalma Frasson Junior.

A nova orientação da SIE, que consta dos termos de referência da Diretoria para elaboração de projetos de pavimentação, reflete um convênio assinado no fim de 2019 entre o órgão e a ABCP. Na ocasião, um termo de cooperação técnica tornou a ABCP uma parceira do Estado para análise de viabilidade de projetos de pavimento de concreto. No escopo do termo estão previstos treinamentos dos técnicos com abordagens sobre especificações, métodos executivos, manutenção e controle tecnológico dos pavimentos de concreto. Esses eventos devem ocorrer em 2021.

História de colaboração

O governo de Santa Catarina já possui um histórico de relacionamento com a ABCP e de uso do pavimento de concreto em suas rodovias, entre elas a rodovia SC-390 (Serra do Rio do Rastro), na década de 1980, e a rodovia SC-301 (Serra Dona Francisca), na década de 1990. Mais recentemente, destacam-se a pavimentação das avenidas Marieta Konder Bornhausen e Manoel Florentino Machado, trecho que compreende a ligação da BR-101 ao porto da cidade de Imbituba, e a rodovia SC-114, ligando os municípios de Lages a Otacílio Costa – projeto em que a ABCP teve um papel importante, com subsídios técnicos para o desenvolvimento dos projetos, editais de licitação e execução das obras.

Pavimentação de concreto avança no Sul do Brasil

Fonte: Cia de Cimento Itambé / 24/11/2020

Reportagem: Altair Santos

 

A região Sul do país torna-se uma forte aliada da tecnologia do pavimento de concreto em obras rodoviárias. No Paraná, um trecho de 59.550 m, entre os municípios de Palmas e União da Vitória, no Sul do Estado, será restaurado com a tecnologia whitetopping – pavimento de concreto sobre o pavimento asfáltico deteriorado. A mesma técnica já foi aplicada com sucesso na SC-114, em um trecho de 32.200 m, ligando Otacílio Costa e Lages, em Santa Catarina. Também em território catarinense, em Timbé do Sul, o trecho da BR-285, na serra da Rocinha, recebe pavimento rígido com 22 cm de espessura.

Segundo o engenheiro civil Alexsander Maschio, gerente da regional sul da ABCP, o pavimento de concreto vive um “momento ímpar” nos três Estados da região Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). “A onda é favorável e precisamos aproveitá-la ao máximo para colocar a solução em concreto no lugar que ela merece”, afirma.

Além do trecho de quase 60 km da PR-280, Maschio destaca outros projetos no Paraná. “Já está em obra o percurso entre Curitiba e Almirante Tamandaré da PR-092 (Rodovia dos Minérios), cujas pistas principais serão em concreto. Tem também o trecho de aproximadamente 70 km da BR-163, entre Cascavel e Marmelândia, que está em fase final de execução”, completa.

No trecho catarinense da BR-163, em um percurso de aproximadamente 60 km, entre Dionísio Cerqueira e São Miguel do Oeste, também está bem encaminhada a pavimentação em concreto. A obra já foi licitada e encontra-se em fase de aprovação do projeto executivo, com início dos serviços previsto para o começo de 2021.

 

Trabalho da ABCP

No Rio Grande do Sul, a BR-153 também pode receber esse tipo de pavimento. “Como a 153 faz parte do mesmo eixo de escoamento da 163, o qual já contempla vários trechos em concreto no Mato Grosso, no Paraná e em Santa Catarina, creio que haja uma boa possibilidade no trecho gaúcho”, avalia o gerente da regional sul da ABCP.

Alexsander Maschio lembra ainda que existe a opção do pavimento de concreto ser utilizado na Rodovia de Integração do Sul (RIS). A estrada interliga 32 cidades do Rio Grande do Sul e é formada por trechos das BRs 101, 290, 386 e 448. “Um estudo comprovando a viabilidade do concreto foi encaminhado à ANTT, mas, obviamente, depende da validação do grupo CCR, que ganhou a concessão da RIS por 30 anos”, diz o engenheiro. A concessionária terá que investir 7,8 bilhões de reais na melhoria da Rodovia de Integração do Sul, além dos gastos de custeio estimados em 5,6 bilhões de reais para conservação, operação e monitoramento da estrada.

Para o gerente da ABCP, a profusão de projetos que priorizam o pavimento de concreto nas rodovias paranaenses, catarinenses e gaúchas está relacionada a dois fatores: o trabalho incansável da ABCP junto a organismos federais e estaduais e a viabilidade econômica, em função do elevado aumento dos insumos do asfalto. “Aliado a isso, há um posicionamento do DNIT favorável ao concreto, e que certamente é reflexo do resultado obtido na BR-101 Nordeste e na BR-290, no Rio Grande do Sul, conhecida com Free Way. São referências que dão confiança para que o governo federal busque soluções que fortalecem o pavimento de concreto”, completa.

Restauração de Pavimento em Pista simples com Whitetopping – SC 114

Otacílio Costa é um município situado na Serra Catarinense cuja economia gira em torno da produção e exportação de papéis. A principal matéria-prima é a madeira transportada pela rodovia SC 114 com extensão de 32,20 km. Devido ao tráfego pesado gerado por esta atividade industrial o pavimento asfáltico existente estava completamente comprometido, ocasionando inúmeros transtornos e prejuízos.

Os técnicos do Governo do Estado de Santa Catarina estudaram várias alternativas de pavimentação para a restauração com o objetivo de obter uma solução que pudesse proporcionar maior durabilidade e redução nas operações de manutenção. Assim optou-se pelo pavimento de concreto com whitetopping que adota o pavimento existente como sub-base para o novo pavimento em concreto. O pavimento de concreto resiste ao tráfego intenso de veículos de carga e ao ataque químico dos óleos que porventura vazem dos caminhões, proporcionando custo de manutenção reduzido se comparado com outras opções de pavimento.

Neste relato de experiência, os engenheiros Dejalma Frasson Jr. e Alexsander Maschio (ambos da ABCP), Diego Lang (Consórcio SBS – Dalba) e Carlos Roberto Giublin (CRG Engenharia) tratam dessa obra emblemática para o pavimento de concreto, publicada originalmente na revista Estradas, da Sociedade dos Técnicos Universitários do DAER, edição 25 – outubro de 2020.

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