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Em Vitória (ES), as novas avenidas Vitória e Cézar Hilal

As obras tratam da recuperação de duas avenidas, das mais importantes da cidade de Vitória-ES. A primeira, avenida Vitória, está em obras e tem 2,60 km; já foi licitada com a terceira faixa, em concreto, nos dois sentidos, destinada aos ônibus (corredores), onde tradicionalmente já se adota a tecnologia há muitos anos por se tratar de tráfego pesado. As obras da Nova Avenida Vitória, que estão sendo executadas pela construtora Cinco Estrelas, de Vitória, foi orçada inicialmente em 20 milhões e o recurso vem do programa Finisa (Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento), da CEF, lançado em 2012.

Para 240 metros da avenida, foi feita uma revisão do projeto executivo em fase de obras, para substituição da solução inicialmente contratada de revestimento em asfalto para concreto. Assim, pelo resultado apresentado quanto ao conforto de rolamento e por manter o custo orçado para o asfalto, foi adotado o pavimento de concreto para todas as três faixas. O revestimento em concreto tem sido muito bem avaliado por parte dos técnicos da prefeitura e do próprio prefeito de Vitória, Luciano Rezende.

Por conta disso, a tecnologia será adotada para as três faixas da avenida Cézar Hilal, continuação da avenida Vitória, com 1 km, trecho que será licitado nos próximos dias, com valor orçado inicialmente de 16 milhões de reais. Serão mais de 22 mil m² de concreto, agora, para as faixas 1, 2 e 3 da nova avenida Cézar Hilal.

 

Engenharia

A substituição não é um ato simples, requer engenharia. Como nessas faixas circulam preferencialmente veículos que variam de leve a médio, foi possível dimensionar o pavimento de concreto utilizando métodos tradicionais, como da AASHTO e PCA 84, que para o tráfego correspondente proporcionou a utilização de uma espessura de 14 cm para as faixas 1 e 2, passando para 22 cm para a faixa 3 (corredor de ônibus), com a introdução de uma geogrelha de reforço do subleito. Como característica da redução de espessura, o tamanho das placas também reduziu para no máximo 1,67 m x 1,67 m, o que confere melhor desempenho em função da menor espessura.

Apesar de este tipo de pavimento ser consagrado em várias partes do mundo, como Chile, Argentina, Uruguai, Colômbia e México, por exemplo, onde este tipo de solução já é adotado há mais de 50 anos – e chega a representar 40% da malha viária urbana – , no Brasil a cidade de Vitória foi pioneira, quando adotou este tipo solução para uma avenida coletora e estrutural.

Não custa lembrar que o pavimento de concreto é muito mais durável que outras opções, exige poucos gastos com manutenção, economiza energia elétrica (por reflexão) e reduz o consumo de combustível. De acordo com o Banco Mundial, 1 dólar investido em uma via de pavimento de concreto corresponde a uma economia de 3 dólares em custo operacional.

Nos projetos e obras em andamento das novas avenidas Vitória e Cézar Hilal, tanto o projeto como o gerenciamento das obras são realizados pela consultora Avantec Engenharia. Em todas as etapas, tanto a construtora como a consultora contaram com apoio da ABCP na orientação e capacitação dos técnicos envolvidos.

Economia nas rodovias capixabas

O Departamento de Estradas de Rodagem do Espírito Santo (DER-ES) está empenhado em reduzir os custos com manutenção rodoviária e, para isso, estuda a viabilidade de adotar o pavimento de concreto nas rodovias capixabas. O anúncio foi feito no dia 20/03/2019, em Vitória-ES, pelo diretor geral do órgão, engenheiro Luiz Cesar Maretto, ao abrir uma apresentação sobre a tecnologia do pavimento de concreto a seus técnicos.

Antes da palestra “A evolução do pavimento de concreto no Brasil”, proferida pelo engenheiro Eduardo D’Ávila, gerente da ABCP no Rio de Janeiro e Espírito Santo, o diretor do DER destacou os “custos excessivos com as manutenções dos pavimentos” na atualidade. Nos últimos dez anos, lembrou D’Ávila, o asfalto teve uma escalada de aumentos bem acima da inflação.

Luiz Cesar Maretto elencou trechos que podem ser objeto do emprego do pavimento rígido e, após o evento, em reunião da ABCP com os técnicos do órgão, foram levantadas sete rodovias com potencial para a utilização do pavimento de concreto.

Também a pedido do diretor, a ABCP está elaborando um estudo para recuperação de um trecho de uma das rodovias, considerado um experimento pelo órgão. Acompanhado por técnicos do DER, Eduardo D’Ávila já visitou o trecho sugerido para recuperação.

 

Seminário aberto

Dando continuidade às ações, o DER pretende realizar em maio deste ano, em parceria com a ABCP, um seminário aberto ao público sobre pavimento de concreto. A expectativa é convidar representantesdo DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), do Sindicopes (Sindicato das Empresas de Construção Pesada no Estado do Espírito Santo), projetistas e docentes de universidades, entre outros possíveis interessados.

A previsão do governo capixaba, nesta gestão, é recuperar 700 km de rodovias do Estado. Por isso, a ABCP deve apresentar em breve o estudo de viabilidade de outros dois trechos da malha rodoviária estadual.


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