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As vantagens do pavimento de concreto frente à concorrência

O pavimento de concreto marcou presença na última edição do ENACOR (Encontro Nacional de Conservação Rodoviária), realizada de 19 a 22/08/2024 em Aracaju-SE. A ABCP participou com um estande institucional, onde recebeu profissionais e lideranças do setor rodoviário, interessados nas inovações da tecnologia que oferece, entre diversas vantagens competitivas, maior durabilidade, segurança e conforto aos empreendimentos rodoviários. Esses aspectos foram destacados principalmente na apresentação do engenheiro Fernão Paes Leme, especialista em pavimento da ABCP, durante a Mesa Redonda 3 – DER/SE: Pavimento Asfáltico x Pavimento de Concreto, realizada no dia 22/08.

“Participando do ENACOR 2024, representando a ABCP em um ambiente vibrante de inovação e aprendizado. É inspirador estar ao lado dos maiores especialistas em engenharia rodoviária do Brasil, compartilhando ideias e experiências que moldarão o futuro das nossas estradas”, registrou Paes Leme em sua página na rede social.

O 26º ENACOR, juntamente com a 49ª RAPV e a 5ª EXPOENACOR, tratam da infraestrutura dos modais de transporte, logística, tecnologia e trânsito do país, constituindo os mais importantes eventos do setor no Brasil. Os eventos, que se realizam ao longo de quatro dias, são complementares e trazem minicursos, palestras, apresentações de trabalhos técnicos e mesas-redondas sobre temas de primeira ordem para o setor.

Realizada pela ABDER (Associação Brasileira dos Departamentos Estaduais de Estradas de Rodagem) e pela ABPv (Associação Brasileira de Pavimentação), esta edição contou com suporte do DER/SE (Departamento Estadual de Infraestrutura Rodoviária de Sergipe) e apoio institucional do DNIT, do Governo de Sergipe (via SETUR) e de empresas do setor.

Mais informações no site: https://www.rapvenacor.com.br/

Governo do PR anuncia pacote de R$ 3,4 bilhões para investimentos em infraestrutura

Uma das obras previstas é o segundo trecho da PR-280, que receberá obra de restauração em concreto

O Governo do Paraná anunciou em fevereiro um pacote de R$ 3,4 bilhões para investir em infraestrutura em diversas regiões do Paraná. Dentre as obras previstas estão 16 obras rodoviárias do Departamento de Estradas de Rodagem (DER/PR) e da Agência de Assuntos Metropolitanos (Amep). Há também um pacote de revitalização de 195 pontes e obras de arte rodoviárias (trincheiras e viadutos), implementação do Moegão no Porto de Paranaguá e pavimentação de mais cerca de 75 km de estradas rurais, beneficiando de 20 a 30 municípios.

Com esse aporte, o resultado esperado é a geração de 40 mil empregos diretos e indiretos entre 2023 e 2024, além de representar impacto de 0,4 ponto percentual no crescimento do PIB em 2023, segundo informações do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).

PRC-280

Dentro deste cenário, uma das obras que deve ser feita é a restauração em pavimento rígido de concreto da PRC-280, em um trecho de 45 km entre Palmas e Clevelândia. A obra será feita com a técnica de whitetopping, que consiste na aplicação de concreto como revestimento sobreposto ao asfalto. No dia 24 de março, o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR) abriu a licitação desta obra.

“Desde o início, a proposta do governo do estado foi de fazer a PRC-280 até Pato Branco. Está sendo feito um ajuste do orçamento disponível. Em um primeiro momento, foi feito o trecho de 60 km até Palmas, que já está pronto. Agora, está em licitação este segundo trecho de mais 45 km até Clevelândia. Posteriormente, deve haver mais um trecho até chegar à Pato Branco”, explica Alexsander Maschio, Gerente Regional Sul da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP).

O trecho a ser restaurado começa logo após o Viaduto Bento Munhoz da Rocha Neto (também conhecido como Viaduto da Codapar), em Palmas, e vai até o trevo com a Avenida Nossa Senhora da Luz, em Clevelândia.

De acordo com Maschio, foram mantidas as características do projeto da fase 1, no trecho até Palmas, que foi um sucesso. “Também utilizará o whitetopping, com uma espessura muito similar. O modelo foi o mesmo do primeiro lote, através de um anteprojeto realizado em uma parceria da ABCP com o governo do estado, no formato RDCI – isto é, a empresa que vence a licitação é responsável por fazer o projeto executivo da obra”, explica Maschio.

Tal como ocorreu no trecho anterior, uma das peculiaridades desta obra é o fato do whitetopping ser feito em uma rodovia simples, algo que foi bastante questionado em ambientes técnicos. “O sucesso da obra anterior mostra que é possível executar esta técnica, que foi feita de uma maneira muito tranquila. O resultado do primeiro trecho foi extremamente satisfatório para o Governo. Ao optar pelo whitetopping, economizou-se 26% em comparação do que seria gasto com o asfalto. Além disso, o Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Paraná (DER) também ficou muito satisfeito com a qualidade. Por isso, está havendo essa ênfase em multiplicar o padrão, que se estendeu para o segundo lote da rodovia e deve também englobar um terceiro trecho mais para frente”, argumenta Maschio.

Paraná Concreto

O governo do Estado do Paraná lançou em 2022 o programa “Paraná Concreto”. Segundo Maschio, a ideia do governador é fazer 200 km de whitetopping, nos mesmos moldes que foram feitos no primeiro trecho da PRC-280. “Então faríamos mais cinco lotes neste ano, com cerca de 40 km cada. Na perspectiva do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Paraná (DER), deverá ser feito um em cada região”, conclui Maschio.

Fonte: Cia de Cimento Itambé

Entrevistado

Alexsander Maschio, gerente Regional Sul da ABCP – alexsander.maschio@abcp.org.br

Jornalista responsável
Marina Pastore
DRT 48378/SP

Minas debate vantagens do pavimento de concreto

“Demos um grande passo para a inserção da cultura do pavimento de concreto em Minas”, diz presidente da ABCP e SNIC

O DER/MG e a Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade de Minas Gerais, em parceria com a ABCP e o SNIC (Sindicato Nacional da Indústria do Cimento), realizaram no dia 08/07, na sede da FIEMG, em Belo Horizonte, o workshop “Pavimento de Concreto – Solução Competitiva para a Infraestrutura Rodoviária”. A grande competitividade do pavimento de concreto tem feito aumentar muito a sua adoção, notadamente nos principais corredores rodoviários do país, o que explica o sucesso do evento e a presença de aproximadamente 140 participantes, que proporcionaram um rico debate acerca do tema.

O encontro teve a participação de renomados profissionais e autoridades do setor. Entre os presentes estava o subsecretário da SEINFRA/MG, Gabriel Fajardo, o vice-diretor do DER/MG, Matheus Novais, o presidente do COINFRA/FIEMG, Emir Cadar Filho, o diretor de Planejamento e Pesquisa do DNIT, Luiz Guilherme Rodrigues de Melo, o consultor do BID/BIRD, Marcilio Neves, e o prof. e coordenador do Núcleo de Infraestrutura e Logística da Fundação Dom Cabral (FDC), Paulo Resende. A ABCP esteve representada por seu presidente, Paulo Camillo (também presidente do SNIC), pelo diretor de Mercado, Valter Frigieri, pelo gerente da ABCP em Minas, Lincoln Raydan, e pelo engenheiro especialista Marcos Dutra de Carvalho.

“Em Minas, elaboramos e disponibilizamos para a Secretaria de Infraestrutura um Estudo de Viabilidade para a Concessão do Rodoanel de BH, onde o pavimento de concreto se mostrou bastante competitivo frente ao pavimento flexível. Temos a expectativa que a empresa concessionária, vencedora da licitação, vá utilizar este trabalho como referência para a tomada de decisão na adoção da melhor tecnologia a ser aplicada. Estamos certos que demos um importante passo para a inserção da cultura do pavimento do concreto em Minas Gerais, objetivo maior do nosso workshop”, disse o presidente da ABCP e SNIC, Paulo Camillo.

No evento, o prof. Paulo Resende, da FDC, resumiu a importância do pavimento de concreto: “Num país de dimensões continentais como o Brasil, que tem na sua matriz de logística a rodovia como seu principal meio de transporte, temos um grande desafio para a melhoria da nossa malha rodoviária e o pavimento de concreto se apresenta como uma alternativa altamente competitiva, atendendo aos requisitos de qualidade, custos competitivos e durabilidade, ou seja, sustentabilidade”.

Obras do BRT-Sul têm 30% de trecho executado

Fonte: Agência Brasília – Publicado em 20/7/20 – 15:48
Texto: Lúcio Flávio. Edição: Fábio Góis

 

Estrutura de 1,2 quilômetro de pavimentação nova e investimento de R$ 23 milhões. Executada pelo Departamento de Estrada e Rodagem do Distrito Federal (DER/DF), a concretagem do trecho que liga o túnel do aeroporto ao viaduto Camargo Corrêa, no início do Eixão Sul, vai dar mais conforto aos passageiros do BRT-Sul e rapidez aos motoristas, moradores e frequentadores do Gama e de Santa Maria (veja mais no vídeo abaixo). A obra deve estar pronta até setembro (2020). “É uma obra de primeiro mundo, pavimento de alta qualidade que está sendo feito por uma empresa de respeito na área”, disse Fauzi Nacfur, diretor-geral do DER/DF. “A obra é uma complementação da restauração do Eixão que previa a troca de pavimento desse trecho de asfalto pelo pavimento rígido, que é um pavimento de concreto na faixa exclusiva do BRT”, explica o diretor-geral do DER/DF, engenho civil com quase 30 anos de atuação no órgão.

O projeto, que teve início em abril deste ano (2020), conta com a parceria da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP). Criada em 1936, em São Paulo, a entidade tem o papel de promover estudos sobre o cimento e suas aplicações em diversos lugares do país, subsidiando técnicos, oferecendo assessoria e qualidade de tecnologia em tudo o que é feito com o uso dessa matéria-prima. “A ABCP está dando total apoio pra gente aqui”, reconhece o diretor-geral do DER.

Ao todo, quase 40 homens trabalham no local. A obra, complexa, é pontuada por detalhes técnicos que exigem maquinário pesado e experiência suficiente. Até o momento já foram executados 30% do trabalho, ou seja, entre 300 e 400 m de trecho concluído, explica Fauzi Nacfur. Na prática, caminhões betoneiras despejam toneladas de concreto dentro de uma forma em que será substituído o asfalto comum por esse material mais rígido e resistente, a chamada Brita Graduada Tratada com Cimento (BGTC). Depois de esparramado o material é feita a emenda do concreto com blocos de 4,5 m de comprimento cada. A partir daí, compacta-se tudo com um rodo especial gigante, feito de metal e soquete mecânico. No meio dessas duas pistas de 3,5 m de largura para trânsito de ônibus serão erguidas muretas de concreto do tipo New Jersey.

O diretor-geral do DER-DF explica que o pavimento rígido é o mais propício para locais de tráfego pesado, onde há desgaste diário com o vaivém de caminhões e ônibus. A vantagem do material é que, uma vez que tem mais durabilidade e resistência, exige menos intervenções de manutenção. “Esse trecho começou a ficar deteriorado e trouxe desconforto com o movimento dos ônibus e carros, o que era ruim para os usuários e os motoristas. Com este pavimento a gente dá qualidade para esse público”, enfatiza Fauzi.

 

Histórico

O BRT-Sul (Bus Rapid Transit) tem partida do Gama e de Santa Maria, ligando de maneira expressa as duas regiões administrativas ao Plano Piloto. São 43 quilômetros de trecho, dos quais 35 de faixa exclusiva, considerado o pedaço que está sendo turbinado entre o túnel do Aeroporto Internacional Juscelino Kubistchek e o túnel da Camargo Corrêa, no início do Eixão Sul.

Dali para frente tudo é pavimento asfáltico. O sistema transporta, em média, 220 mil passageiros por dia, o que reduz em 50 minutos o tempo de deslocamento entre as duas regiões (de 1 hora e 30 minutos para 40 minutos). “É um trabalho não muito rápido, justamente porque estamos primando pela qualidade do serviço. Às vezes é melhor realizar uma obra de forma mais lenta, mais com qualidade maior”, justifica o gestor.

Trecho de asfalto reconstruído em concreto

O trecho do BRT Sul entre o Balão do Aeroporto e o Viaduto Camargo Corrêa (início do Eixão) ficou pronto em 2014, às vésperas da Copa do Mundo, mas foi o único trecho desse BRT construído em asfalto. Depois de sucessivas ações de manutenção, com recapeamentos e tapa-buracos, não houve mais outra solução que não fosse sua reconstrução em concreto. As obras, a cargo do Consórcio JF-EB Infra, estão sendo executadas no período de seca do Centro-Oeste, com apoio técnico da Regional Centro-Oeste da ABCP.

Outras obras em concreto estão previstas para as vias de Brasília. Por exemplo, encontra-se em fase de licitação a restauração da DF-095 – Via Estrutural, que liga Brasília a Taguatinga (saída para BR-070), com 12,6 km em pista dupla e três faixas de rolamento, além de acessos. Em vias com características urbanas, vários trechos do BRT Oeste estão em construção, entre eles o Túnel de Taguatinga, e logo será iniciada a requalificação da Av. Hélio Prates em Ceilândia, todos em concreto.

Economia nas rodovias capixabas

O Departamento de Estradas de Rodagem do Espírito Santo (DER-ES) está empenhado em reduzir os custos com manutenção rodoviária e, para isso, estuda a viabilidade de adotar o pavimento de concreto nas rodovias capixabas. O anúncio foi feito no dia 20/03/2019, em Vitória-ES, pelo diretor geral do órgão, engenheiro Luiz Cesar Maretto, ao abrir uma apresentação sobre a tecnologia do pavimento de concreto a seus técnicos.

Antes da palestra “A evolução do pavimento de concreto no Brasil”, proferida pelo engenheiro Eduardo D’Ávila, gerente da ABCP no Rio de Janeiro e Espírito Santo, o diretor do DER destacou os “custos excessivos com as manutenções dos pavimentos” na atualidade. Nos últimos dez anos, lembrou D’Ávila, o asfalto teve uma escalada de aumentos bem acima da inflação.

Luiz Cesar Maretto elencou trechos que podem ser objeto do emprego do pavimento rígido e, após o evento, em reunião da ABCP com os técnicos do órgão, foram levantadas sete rodovias com potencial para a utilização do pavimento de concreto.

Também a pedido do diretor, a ABCP está elaborando um estudo para recuperação de um trecho de uma das rodovias, considerado um experimento pelo órgão. Acompanhado por técnicos do DER, Eduardo D’Ávila já visitou o trecho sugerido para recuperação.

 

Seminário aberto

Dando continuidade às ações, o DER pretende realizar em maio deste ano, em parceria com a ABCP, um seminário aberto ao público sobre pavimento de concreto. A expectativa é convidar representantesdo DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), do Sindicopes (Sindicato das Empresas de Construção Pesada no Estado do Espírito Santo), projetistas e docentes de universidades, entre outros possíveis interessados.

A previsão do governo capixaba, nesta gestão, é recuperar 700 km de rodovias do Estado. Por isso, a ABCP deve apresentar em breve o estudo de viabilidade de outros dois trechos da malha rodoviária estadual.


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